Legalmente, os policiais brasileiros têm direito ao porte de arma de fogo, mesmo fora de serviço, contanto que esta esteja devidamente registrada junto ao órgão competente. Não se discute a necessidade do uso de arma de fogo pelos policiais quando estão exercendo sua função pública, mas a polêmica é grande quando nos perguntamos se o policial deve ou não portar arma de fogo fora de serviço. Aperfeiçoando a pergunta, diria que o ponto é: quando o policial deve portar arma de fogo fora de serviço?
ESTOU PREPARADO PARA USAR ARMA DE FOGO?
“Se uso arma em serviço por que não posso usar na folga?” – perguntarão muitos. O argumento pode ser dissolvido facilmente, já que quem assim pensa ignora fatores fundamentais na atuação policial, como o princípio da superioridade numérica, que apesar de às vezes não ser respeitado pelos próprios policiais, é a regra na maioria das diligências/abordagens, fazendo com que o oponente se intimide.
A farda e a certeza de que o policial faz parte de um grupo coeso e relativamente equipado, são também fatores que tendem a favorecer o ambiente de uso da arma de fogo para o policial. Nada disso é encontrado ao utilizar a arma fora de serviço, onde a habilidade no saque e no disparo, a atitude no momento certo de usar a arma e o necessário conhecimento do equipamento são indispensáveis.
AONDE, E COM QUEM ESTAREI?
Não basta apenas pensar sobre suas capacidades para decidir sobre portar ou não uma arma. É fundamental ter noção do contexto que irá enfrentar. O local que você pretende ir é perigoso? Tem histórico de criminalidade? Com quem você estará? Se for sair com sua família, você estará disposto a reagir a um assalto, por exemplo? Vai fazer uso de bebida alcoólica?
QUE TIPO DE POLICIAL É VOÇE?
Você já sofreu ameaça de morte por parte de criminosos? Ou trabalha no serviço administrativo e praticamente não desenvolve qualquer serviço de caráter policial – prendendo quadrilhas, bandidos perigosos etc. Caso corra verdadeiros riscos de obter represálias por causa do seu trabalho, é bom pensar que momentos extremos podem ocorrer, de modo que não apenas portar arma de fogo é necessário, mas também preparar-se física e psicologicamente para o caso desses momentos se tornarem reais.
QUAIS OS GANHOS E PERDAS?
Portar arma à paisana exige atitude expectante constante, como se de serviço estivesse. Ela identifica o policial, e exige o cuidado com a possibilidade de roubo e furto, com o agravante de poder o policial ser vítima do próprio equipamento. Por outro lado, ser identificado como policial num assalto, por exemplo, sem ter qualquer chance de reação é algo quase que fatal.
* * *
No final das contas, creio que o porte de arma de fogo por policial fora de serviço é uma decisão individual, mas que deve ser muito refletida por cada um. Afinal de contas, talvez o uso da arma possa ser visto como uma atitude impensada, em virtude dum calor de momento, mas a decisão de sair com ela não é algo que será julgado como irrefletido. Além do mais, lembre-se que, a princípio, você é um profissional de segurança pública, um policial, e alegar mau preparo não será aceitável caso incidente ocorra. Pense nisso!
Autor: Danillo Ferreira (abordagempolicial.com)
ESTOU PREPARADO PARA USAR ARMA DE FOGO?
“Se uso arma em serviço por que não posso usar na folga?” – perguntarão muitos. O argumento pode ser dissolvido facilmente, já que quem assim pensa ignora fatores fundamentais na atuação policial, como o princípio da superioridade numérica, que apesar de às vezes não ser respeitado pelos próprios policiais, é a regra na maioria das diligências/abordagens, fazendo com que o oponente se intimide.
A farda e a certeza de que o policial faz parte de um grupo coeso e relativamente equipado, são também fatores que tendem a favorecer o ambiente de uso da arma de fogo para o policial. Nada disso é encontrado ao utilizar a arma fora de serviço, onde a habilidade no saque e no disparo, a atitude no momento certo de usar a arma e o necessário conhecimento do equipamento são indispensáveis.
AONDE, E COM QUEM ESTAREI?
Não basta apenas pensar sobre suas capacidades para decidir sobre portar ou não uma arma. É fundamental ter noção do contexto que irá enfrentar. O local que você pretende ir é perigoso? Tem histórico de criminalidade? Com quem você estará? Se for sair com sua família, você estará disposto a reagir a um assalto, por exemplo? Vai fazer uso de bebida alcoólica?
QUE TIPO DE POLICIAL É VOÇE?
Você já sofreu ameaça de morte por parte de criminosos? Ou trabalha no serviço administrativo e praticamente não desenvolve qualquer serviço de caráter policial – prendendo quadrilhas, bandidos perigosos etc. Caso corra verdadeiros riscos de obter represálias por causa do seu trabalho, é bom pensar que momentos extremos podem ocorrer, de modo que não apenas portar arma de fogo é necessário, mas também preparar-se física e psicologicamente para o caso desses momentos se tornarem reais.
QUAIS OS GANHOS E PERDAS?
Portar arma à paisana exige atitude expectante constante, como se de serviço estivesse. Ela identifica o policial, e exige o cuidado com a possibilidade de roubo e furto, com o agravante de poder o policial ser vítima do próprio equipamento. Por outro lado, ser identificado como policial num assalto, por exemplo, sem ter qualquer chance de reação é algo quase que fatal.
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No final das contas, creio que o porte de arma de fogo por policial fora de serviço é uma decisão individual, mas que deve ser muito refletida por cada um. Afinal de contas, talvez o uso da arma possa ser visto como uma atitude impensada, em virtude dum calor de momento, mas a decisão de sair com ela não é algo que será julgado como irrefletido. Além do mais, lembre-se que, a princípio, você é um profissional de segurança pública, um policial, e alegar mau preparo não será aceitável caso incidente ocorra. Pense nisso!
Autor: Danillo Ferreira (abordagempolicial.com)
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